Recuperação da pedreira do Vale de Barco

A área degrada de Vale de Barco compreende as arear que antigamente estavam afetas às Pedreiras nº. 4161, “Vale do Barco nº.1”, e nº. 4162, “Vale do Barco nº2”, exploradas pela SITROL- Investimentos Imobiliários S.A., e as áreas de beira de estrada nas quais foram efetuados despejos de terra e entulhos ou que de qualquer forma foram degradadas.

Nos últimos tempos tem-se procurado desenvolver trabalhos para que a regeneração ambiental seja compatível com os objetivos do PNSAC e que permita uma fruição do espaço tendo em atenção que se trata de um geosítio nº. 25 “Espelho de Falha- Vale de Barco” do Anexo I do RCM 57/2010, de 1 de agosto, com interesse científico e educacional a nível das ciências da terra. Segundo a RCM 57/2010, os geositios são sítios de especial interesse geológico, paleontológico, geomorfológico, espeleológico e cultural, cuja conservação dos valores nele existentes se afigura necessário realizar.

A área degrada de Vale de Barco compreende uma área de 91301m2 que se caracteriza por um vale fechado intervencionado numa extensão aproximada de 1130m por trabalhos de pedreira e ao longo do caminho de terra batida onde existem diferentes locais de deposição de entulhos e outros resíduos. Ao longo da vertente nascente do vale a área é atravessada pelo caminho que liga o Olho de Água a Casais Monizes.

A área a recuperar é dividida, naturalmente, por uma área que não teve grande desenvolvimento de trabalhos de exploração, pelo que se identificam duas secções a Secção Norte e a Secção Sul.

A face oeste do vale é a área relevante para a interpretação do geosítio nº. 25 “Espelho de Falha- Vale de Barco”, pois é ao longo desta vertente que estão expostas as superfícies onde é evidente o Espelho de Falha. As escarpas resultantes da exploração de Vale de Barco caracterizam-se por superfícies relativamente lisas e oxidadas e com grande inclinação que interessa preservar.