O núcleo inicial do templo partiu do próprio Dólmen que funcionou como capela desde a sua cristianização até ser elevada ao estatuto de Igreja Matriz, no séc. XVI (4 de julho de 1536) por carta de licença de D. Afonso, Cardeal de São Brás, Arcebispo de Lisboa.
Com o aumento demográfico foi necessário proceder à ampliação no decurso do séc. XVI, a comprovar pela porta lateral que ostenta a data de 1578, e novamente no séc. XVII onde se destaca a colocação dos azulejos tipo padrão e em particular a rotação do Templo para a posição que hoje possui.
No segundo quartel do séc. XX, foram levadas a cabo mais duas campanhas de obras no sentido de criar mais espaço para albergar os fiéis, sendo de destacar a total remodelação da capela-mor e do altar e a criação de um novo corpo lateral, aproveitando um edifício paroquial já existente.
O exterior da igreja terá sofrido grandes obras no ano de 1790 a comprovar pela data gravada no sino do campanário.
Apresentava uma fachada barroca com uma porta encimada por uma janela que iluminava o coro alto e num terceiro registo podia contemplar-se um nicho com a imagem de Santa Maria Madalena.
A torre sineira possuía apenas dois registos. Sendo encimada por uma cúpula recortada, inscrita no espaço quadrangular e decorada por cinco corochéus (quatro na base e um no topo).
Atualmente, a cobertura foi elevada em 100cm com o incremento de um gagilé à entrada da igreja. À torre sineira foi retirada as características barrocas e subiram-na por dois registos e adicionaram o relógio encimando-o com uma pirâmide telhada.
A igreja é composta por duas naves perpendiculares entre si que terminam na zona do altar, por duas tribunas e o coro alto. Nas paredes interiores os azulejos de padrão seiscentista embelezam-na, em partes da nave mais antiga ainda encontramos alguns dos azulejos originais.
As peças a destacar pela sua antiguidade e qualidade são a Pia Baptismal e a Pia de Água Benta. Sendo que a Pia Baptismal data do séc. XVI, de pé curto e taça hexagonal, com as faces lavradas e adornadas por albarradas e fiada de meias esferas. O pé é decorado por um anel trabalhado e assente numa base facetada, decorado com folhas e meias esferas.
A Pia de Água Benta é da mesma época e tem o mesmo traço do baptistério. A base é composta por fiadas de meias esferas a intercalar com flores. O anel, bastante trabalhado, encontra-se no meio do fuste. E a taça apresenta uma forma hexagonal com quatro faces entrelaçadas e ornamentadas com flores Exterior.