Castro de São Martinho

Castro de São Martinho

As ruínas do Castro de S. Martinho ocupam a cumeada de uma formação magmática de origem intrusiva, possuindo uma cota máxima de altitude de 300m, designada por Monte de São Martinho, devendo a origem deste topónimo a uma ermida da evocação deste Santo, construída no topo deste cabeço, possivelmente nos finais do séc. XVI, usando como referência cronológica a imagem de pedra policromada do santo que hoje se encontra na Capela de Teira.

De acordo com a tradição oral local este pequeno templo foi destruído por um raio, tendo os moradores de Teira levado a imagem para a sua capela de evocação ao Espírito Santo, mas o Santo tinha por hábito, durante a calada da noite, fugir para o topo do monte. A única forma encontrada para o sossegar foi abrindo uma janela pela qual a imagem de S. Martinho podia ver o monte, por curiosidade, atualmente, não existe nenhum vão aberto para o Castro e a imagem encontra-se de costas para o mesmo.

Estas ruínas situam-se entre o Casal da Velha e Teira, tendo uma vista panorâmica em todas as direções com um raio de alcance visual para Santarém, Serra de Montejunto e Serra de Aire.

Este local, arqueologicamente conhecido, pelo menos, desde os anos trinta do séc. XX, nunca mereceu uma atenção prolongada por parte de diversos investigadores que o visitaram ou se propuseram a estudá-lo, não passando de recolhas de superfície e alguns trabalhos pontuais.

Ao longo dos anos, este local tem vindo a ser alvo das mais diversas delapidações, desse a abertura de caminhos florestais, cultivo de produtos agrícolas, plantação de eucaliptos e ainda a abertura de uma pedreira, que acabaram por consumir uma parte significativa do Castro.

Existe já em depósito, algum espolio cerâmico, lítico e metálico recolhido por alguns signatários ao longo dos anos setenta e oitenta do séc. XX e, parcialmente, publicado por António Diegues nas atas do I Colóquio sobre história Regional e Local do Distrito de Santarém.

Um Castro corresponde a uma comunidade rodeada de muralhas defensivas.

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